Rede Globo traz de volta "Mulheres Apaixonadas" | ANJO DE DUAS CARAS

Rede Globo traz de volta "Mulheres Apaixonadas"

Temas polêmicos como lesbianismo, violência doméstica, romance entre gerações diferentes e violência urbana estão de volta às tardes da Globo. A novela "Mulheres Apaixonadas" é a reprise em cartaz no "Vale a Pena Ver de Novo" a partir desta segunda.

Mais uma vez, os fãs das novelas de autor Manoel Carlos vão sentar em frente à TV e esquecer do tempo. Apesar dos assuntos fortes, a trama flui de forma leve. A trilha sonora de bossa nova e o bairro do Leblon, no Rio, como cenário, suavizam a história. O telespectador se delicia com o cotidiano dos personagens, sem dar muita importância para o relógio.

A novela, exibida em 2003, tem as marcas registradas do autor: uma Helena como protagonista (desta vez vivida por Christiane Torloni) e personagens com bastante dinheiro no bolso fazendo "barracos" em festas ou em casa.

A Helena atual é casada há 15 anos com o saxofonista Téo (Tony Ramos) e trabalha como diretora na Escola Ribeiro Alves (ERA). Ela reencontra o antigo namorado, o médico César (José Mayer), que abandonou no passado para casar com o músico. Como é hábito nas novelas de Maneco, José Mayer se envolve com outras mulheres: Laura (Carolina Kasting) e Luciana (Camila Pitanga).

As lésbicas Clara (Alinne Moraes) e Rafaela (Paula Picarelli) enfrentavam em casa e na escola o preconceito. O público aprovou a dupla, principalmente por causa da leveza das cenas (as adolescentes eram grandes amigas, que queriam ficar juntas o tempo todo). A reação foi oposta em "Torre de Babel" (1998), onde a rejeição dos telespectadores fez com que as homossexuais Leila (Silvia Pfeifer) e Rafaela (Christiane Torloni) deixassem a história.

Para exibir o tão esperado beijo entre iguais, o autor teve de fazer malabarismos: a dupla encenou a peça "Romeu e Julieta", pois Rodrigo (Leonardo Miggiorim), que interpretaria Romeu, quebrou a perna. No final do espetáculo, Romeu (Clara) dá um selinho discreto em Julieta (Rafaela), que aparentemente está morta.

As campanhas sociais também movimentaram o público. Santana (Vera Holtz) era uma professora alcoólatra que tentava se livrar do vício. O nome caiu na boca do povo e virou sinônimo de quem bebia demais.

O ciúme que Heloísa (Giulia Gam) tinha do marido, Sérgio (Marcello Antony), a fazia armar os maiores escândalos. No decorrer da trama, ela procura ajuda no grupo Mada (Mulheres que Amam Demais Anônimas). As reuniões eram mostradas na novela.

A violência urbana veio à tona quando Fernanda (Vanessa Gerbelli) foi vítima de uma bala perdida. O elenco participou da passeata Brasil sem Armas, que reuniu 40 mil pessoas nas ruas do Rio.

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