Empresa publicitária Benetton mostra Papa aos beijos em fotomontagem

A empresa italiana de roupas Benetton vem causando polêmica com suas insinuosas campanhas publicitárias onde publicam fotos montagens de líderes internacionais se beijando.

Mas o cartaz que provocou maior polêmica, principalmente entre os fiéis, foram a que mostrava um beijo entre o papa Bento XVI e o irmão de muito prestígio da mesquita Al-Azhar, no Cairo, Ahmed Mohamed el-Tayeb.

A Benetton retirou a foto-montagem da campanha publicitária global onde mostra o Papa beijando o  imão  depois que o Vaticano emitiu uma nota de desaprovação.

A empresa italiana de roupas publicou um comunicado demonstrando arrependimento e que o uso da imagem feria a sensibilidade dos fiéis.

O comunicado da empresa veio logo depois que o Vaticano expressou "o mais firme protesto pelo uso absolutamente inaceitável da imagem do Papa".

"Devemos expressar o mais firme protesto para este uso absolutamente inaceitável da imagem do Papa, manipulados e explorados em uma campanha de publicidade com fins comerciais". O porta-voz do Vaticano Federico Lombardi disse ainda "isso mostra uma grande falta de respeito com o papa, uma ofensa aos sentimentos dos crentes, uma clara demonstração de como a publicidade pode violar as regras básicas de respeito pelas pessoas, atraindo a atenção com provocações", disse ele.

Os cartazes apareceram em lojas de roupas Benetton em todo o mundo, bem como em jornais, revistas e em sites da internet, e o abraço apaixonado também foi brevemente mostrado em um banner levantado próximo ao marco de Roma Castel Sant'Angelo castelo não muito longe do Vaticano.

O anúncio foi lançado como parte da campanha da empresa de publicidade global que continha uma série de montagens de fotos de líderes políticos e religiosos se beijando.

A empresa defendeu a campanha, dizendo que seu propósito "era apenas para combater a cultura de ódio em todas as suas formas".

Entre outras imagens chocantes foram o de presidente dos EUA, Barack Obama beijando homólogo chinês Hu Jintao em uma imagem e o líder venezuelano Hugo Chávez em outro.