A importância do médico anestesista na vida do paciente | ANJO DE DUAS CARAS

A importância do médico anestesista na vida do paciente

O motivo que me leva a postar sobre a importância do anestesista em uma cirurgia é que já tive problemas em uma cirurgia. 

Tive que fazer uma pequena cirurgia em minha mão esquerda e a médica teve que aplicar quatro vezes a injeção em meu ombro até que ela acertou, sendo que na terceira vez ela conseguiu quebrar a agulha no meu ombro e jorrar todo o líquido no meu rosto. Sem contar que conseguiu tirar o soro do braço direito vindo a perder muito sangue pela sala de cirurgia. 

Me desculpe gente, mais ela conseguiu montar um verdadeiro circo na sala de cirurgia. Somente depois desse ocorrido é que eu fui abrir os olhos e perceber, que assim como escolhemos o médico cirurgião temos o direito de cidadão que paga seus impostos e ainda um seguro saúde, de escolher também o médico anestesista.

Temos que abrir o olho gente e não deixar que o hospital indique o médico anestesista sem nos consultar. Para variar eu me senti na era da pedra naquela maca nas mãos daquela louca.  Nos dias de hoje já existe a possibilidade de manter um doente adormecido durante várias horas para que seja submetido a uma intervenção cirúrgica sem dor, mas há pouco mais de 150 anos as operações eram sempre acompanhadas pelos gritos dos pacientes.

Os aparelhos de anestesia foram evoluindo ao longo dos tempos. Desde o primeiro instrumento arcaico, criado em 1846 e composto por um balão de vidro com uma esponja embebida em éter no seu interior, até aos modernos e complexos equipamentos que monitorizam os doentes em tempo real.“É impossível pensar a evolução da Medicina sem anestesia. Não era possível operar sem controlar a dor, os movimentos, a respiração”, diz, explicando que “a partir do momento em que a anestesia conseguiu vencer fronteiras proporcionou intervenções mais arrojadas e desenvolveu toda a Medicina” diz José Martins Nunes, médico anestesista. 

Durante qualquer tipo de anestesia, o anestesiologista jamais se ausenta do lado do seu paciente, controlando sua pressão arterial, seus batimentos cardíacos, sua temperatura, seu grau de consciência e a sua respiração de 5/5 min ou menos, além de cuidar da manutenção do seu bem estar e toda e qualquer complicação clínica que possa ocorrer como consequência da cirurgia que o paciente está realizando ou de doenças prévias que por ventura estejam presentes no momento da operação. 


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Quais os tipos de Anestesia e sua evolução

Existem diversos tipos de anestesia. O anestesiologista é a pessoa indicada para realizar a escolha correta de um ou outro tipo de anestesia de acordo com diversos aspectos relativos ao paciente e a cirurgia que ele vai realizar. É feita a indução do sono com fármacos e introduzido um tubo na laringe ou uma máscara para que o doente possa receber oxigênio. 

A anestesia mantém-se com fármacos no soro ou gases anestésicos administrados por um ventilador de anestesia. 

Anestesia Regional

É realizada através de bloqueios centrais (anestesia raquidiana e epidural) ou através de bloqueios de nervos periféricos, o nervo é localizado por ecografia ou estimulação, sendo depois aplicados anestésicos locais. 

Anestesia Local 

Baseia-se na infiltração de anestésicos locais nas proximidades da área a ser operada, usa-se em operações simples que envolvam pequenas áreas, como em algumas cirurgias plásticas ou para suturar cortes. O anestésico é aplicado na zona em que a operação é feita – tornando-a insensível - e não atinge o nervo propriamente dito, apenas as terminações nervosas da pele.

Anestesia Raquidiana

Anestesia Raquidiana: realizada com anestesia local, nas costas. O paciente fica com os membros inferiores e parte do abdómen completamente anestesiados e imóveis. 

Anestesia Peridural

Anestesia Peridural -  também realizada pela adição de anestésicos locais nas costas próximos aos nervos que transmitem a sensibilidade dolorosa. Neste caso é possível se realizar o bloqueio de apenas algumas raízes nervosas ou várias - como anestesia peridural para mamoplastias, por exemplo, onde o anestesiologista pode anestesiar apenas a região do tórax onde estão localizadas as mamas. 

A Evolução da Anestesia 

William Morton inicia, nos EUA, a anestesia geral com éter. Usa um balão de vidro e uma esponja do mar.
1919
Aparece o aparelho dosimétrico de Houzel, para anestesia geral. Balões feitos com bexiga de porco. 
1938
Aparelho de emergência alemão, usado para salvar mineiros. Foi também usado na II Guerra Mundial.
1953 
Ventilador Engstrom deu origem ao serviço de reanimação. Permitiu colocar a primeira prótese com ventilação mecânica.
1958
Aparelho de anestesia feito em Portugal por Anselmo Carvalhas. Funcionou a éter, trilenne e ciclopropano. 
2008 
Equipamento de anestesia de última geração. Permite a monitorização contínua através da precisão digital.

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