Parceira do motor para a redução das emissões, dos ruídos e também no aumento de potência, o turbocompressor ocupa lugar de destaque nos caminhões modernos e tem recebido boa dose de tecnologia tanto em seus componentes tradicionais quanto na inovação de funcionamento para tornar os engenhos mais eficientes.
"João Geraldo"
Turbo aumenta a potência, a elasticidade e a performance do motor e deixa o veículo mais limpo, através da queima total do combustível, com redução no consumo em decorrência, também, da melhor relação peso/potência do próprio motor. “Um motor aspirado tem rendimento energético em torno de 28% a 33%, enquanto um turbinado pode chegar de 42 a 45%, ou até mais para motores de maior cilindrada”, explica Newton Juliato, da engenharia de vendas e aplicações da BorgWarner.
A “gordinha”, como a turbina é conhecida pelos motoristas com mais tempo de estrada, melhora a homogeneidade da mistura devido a forte turbulência gerada pela velocidade do ar. O resultado, acrescenta Luiz Monegatto, diretor da Delphi Diesel aftermarket para a América do Sul, é uma queima mais completa, a redução dos resíduos de combustão do nível de ruídos e favorecimento da exaustão dos gases, além de compensar a perda de potência pela altitude.
Assim como outros componentes que também são atualizados, o turbo tem recebido boa dose de tecnologia, principalmente em relação à eletrônica embarcada, como é o caso do VGT (Turbo de Geometria Variável). Marcelo Borré, gerente geral da Holset Brasil, explica que se trata de um turbina conectada com a unidade de controle eletrônico do motor, e seu mecanismo de controle é independente da pressão do coletor de admissão, além de ter um sensor de velocidade para medir a rotação do eixo rotor.
“Já existe caminhão rodando no Brasil com esta tecnologia”, lembra o gerente de marketing e de pós-venda da Honeywell Turbo Technologies (Garrett), George Norio Kikuchi, ao citar o Mercedes-Benz Accelo 715C, veículo que utiliza turbo de geometria variável como equipamento original. Kikuchi acredita que o VTN poderá ser uma tendência no País, porque as leis de emissões estão cada vez mais rigorosas.
Uma vantagem real do turbo de geometria variável é ter para cada condição de carga do motor a turbina operando otimizada às respectivas condições. “Atualmente se otimiza a curva do turbo para alguns pontos mais importantes e se sacrifica outros menos importantes. Com a tecnologia da geometria variável – cujo custo é acima dos turbos convencionais - estas necessidades são atendidas ponto a ponto e temos possibilidade de aumentar o torque em baixas rotações do motor, com melhoria da sua arrancada”, exemplifica Newton Juliato. Ele lembra que este equipamento exige troca de óleo lubrificante dentro dos prazos corretos com produtos especificados. Conta ainda que há outra forma inovadora de turbocompressor, o R2S, formado por dois turbos ligados em série, que por serem de tamanhos diferentes cobrem toda a faixa de rotação do motor.
Marcelo Borré acrescenta que o VGT proporciona aumento substancial da densidade da potência do motor, da faixa de rotação usável do motor e incrementa o torque em baixa rotação. Ele relaciona, ainda, a redução das emissões (destaque para a fumaça), aquecimento rápido do motor - após a partida - e controle a taxa ar/combustível e da pressão do coletor de escape. “É uma tecnologia desenvolvida em nossas fábricas da Europa e dos Estado Unidos e já está sendo aplicada nos caminhões produzidos lá”, conclui.
Para Daniel Bernardi, do departamento de marketing da Biagio Turbos, o sistema convencional (com válvula waste gate) apresenta uma dissipação de energia enquanto desvia o excesso de pressão do coletor sem passar pela turbina, enquanto a geometria variável evita, em tese, a perda de energia, permitindo uma maior eficiência. A dissipação, mesmo reduzida, existe porque alterando o ângulo das palhetas móveis altera-se também os parâmetros de eficiência da turbina. “A complexidade mecânica, consequentemente, o custo, são muito maiores e a confiabilidade menor. A waste gate é mais barata, simples e confiável e também não podemos esquecer que em condições extremas, como competições, por exemplo, a geometria variável não é utilizada”, diz.
Neste aspecto, Bernardi lembra a importância da Fórmula Truck para a Biagio Turbos, pois a categoria funciona como um laboratório para o desenvolvimento e aprimoramento de novas turbinas. “Foi através da categoria que desenvolvemos a família de turbinas Tuna 44/48 e 55, disponíveis no mercado a partir deste mês de março. Esta nova linha é caracterizada pela alta performance e durabilidade, conferindo aos motores de aplicação excepcional desempenho em altas pressões e baixas temperaturas”, conclui.
"João Geraldo"
Turbo aumenta a potência, a elasticidade e a performance do motor e deixa o veículo mais limpo, através da queima total do combustível, com redução no consumo em decorrência, também, da melhor relação peso/potência do próprio motor. “Um motor aspirado tem rendimento energético em torno de 28% a 33%, enquanto um turbinado pode chegar de 42 a 45%, ou até mais para motores de maior cilindrada”, explica Newton Juliato, da engenharia de vendas e aplicações da BorgWarner.
A “gordinha”, como a turbina é conhecida pelos motoristas com mais tempo de estrada, melhora a homogeneidade da mistura devido a forte turbulência gerada pela velocidade do ar. O resultado, acrescenta Luiz Monegatto, diretor da Delphi Diesel aftermarket para a América do Sul, é uma queima mais completa, a redução dos resíduos de combustão do nível de ruídos e favorecimento da exaustão dos gases, além de compensar a perda de potência pela altitude.
Assim como outros componentes que também são atualizados, o turbo tem recebido boa dose de tecnologia, principalmente em relação à eletrônica embarcada, como é o caso do VGT (Turbo de Geometria Variável). Marcelo Borré, gerente geral da Holset Brasil, explica que se trata de um turbina conectada com a unidade de controle eletrônico do motor, e seu mecanismo de controle é independente da pressão do coletor de admissão, além de ter um sensor de velocidade para medir a rotação do eixo rotor.
“Já existe caminhão rodando no Brasil com esta tecnologia”, lembra o gerente de marketing e de pós-venda da Honeywell Turbo Technologies (Garrett), George Norio Kikuchi, ao citar o Mercedes-Benz Accelo 715C, veículo que utiliza turbo de geometria variável como equipamento original. Kikuchi acredita que o VTN poderá ser uma tendência no País, porque as leis de emissões estão cada vez mais rigorosas.
Uma vantagem real do turbo de geometria variável é ter para cada condição de carga do motor a turbina operando otimizada às respectivas condições. “Atualmente se otimiza a curva do turbo para alguns pontos mais importantes e se sacrifica outros menos importantes. Com a tecnologia da geometria variável – cujo custo é acima dos turbos convencionais - estas necessidades são atendidas ponto a ponto e temos possibilidade de aumentar o torque em baixas rotações do motor, com melhoria da sua arrancada”, exemplifica Newton Juliato. Ele lembra que este equipamento exige troca de óleo lubrificante dentro dos prazos corretos com produtos especificados. Conta ainda que há outra forma inovadora de turbocompressor, o R2S, formado por dois turbos ligados em série, que por serem de tamanhos diferentes cobrem toda a faixa de rotação do motor.
Marcelo Borré acrescenta que o VGT proporciona aumento substancial da densidade da potência do motor, da faixa de rotação usável do motor e incrementa o torque em baixa rotação. Ele relaciona, ainda, a redução das emissões (destaque para a fumaça), aquecimento rápido do motor - após a partida - e controle a taxa ar/combustível e da pressão do coletor de escape. “É uma tecnologia desenvolvida em nossas fábricas da Europa e dos Estado Unidos e já está sendo aplicada nos caminhões produzidos lá”, conclui.
Para Daniel Bernardi, do departamento de marketing da Biagio Turbos, o sistema convencional (com válvula waste gate) apresenta uma dissipação de energia enquanto desvia o excesso de pressão do coletor sem passar pela turbina, enquanto a geometria variável evita, em tese, a perda de energia, permitindo uma maior eficiência. A dissipação, mesmo reduzida, existe porque alterando o ângulo das palhetas móveis altera-se também os parâmetros de eficiência da turbina. “A complexidade mecânica, consequentemente, o custo, são muito maiores e a confiabilidade menor. A waste gate é mais barata, simples e confiável e também não podemos esquecer que em condições extremas, como competições, por exemplo, a geometria variável não é utilizada”, diz.
Neste aspecto, Bernardi lembra a importância da Fórmula Truck para a Biagio Turbos, pois a categoria funciona como um laboratório para o desenvolvimento e aprimoramento de novas turbinas. “Foi através da categoria que desenvolvemos a família de turbinas Tuna 44/48 e 55, disponíveis no mercado a partir deste mês de março. Esta nova linha é caracterizada pela alta performance e durabilidade, conferindo aos motores de aplicação excepcional desempenho em altas pressões e baixas temperaturas”, conclui.
Fonte:revistaocarreteiro.com.br
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