Gravidez de mulher aos 61 anos com óvulo doado gera polêmica | ANJO DE DUAS CARAS

Gravidez de mulher aos 61 anos com óvulo doado gera polêmica

Uma mulher de 61 anos de idade, carioca,  casada com um homem de 38 anos que  não quis ser identificar   irá  se tornar uma das  mães com mais idade de todos os tempos. 

A mulher que deverá dar a luz em Novembro ficou grávida com um óvulo doado por outra mulher e  fecundado pelo esperma de seu jovem marido.

"Eu já tinha passado pela menopausa. . . Meu marido queria ser pai. Eu queria ser mãe, estou com ótima saúde. . . e  tenho tido um ótimo  acompanhamento médico". Esta é alegação da mulher  que resolveu ficar grávida de seu primeiro filho apesar da idade e tem sofrido muitas resistências da sociedade.

Como de costume as pessoas se acham no direito de interferir na vontade e no desejo das outras. Infelismente grande parte das pessoas carregam um preconceito  arcaico e desnutrido de argumentos para enfrentar e discutir um tema tão maravilhoso, que é o direito de dar a vida a uma criança acima de qualquer premissa.

O especialista em reprodução humana Marcello Valle, do Hospital da UFRJ e diretor da Clínica Origen, que tratou da paciente, conta que o caso dela é raro, e só foi possível porque ela está bem do ponto de vista clínico cardiológico, e emocional. "A medicina está quebrando barreiras, e a discussão de casos de maternidade tardia é feita muito mais sob os aspectos moral e filosófico", diz Valle. "A história desta mulher é exceção e não significa que todas as mulheres acima de 50 anos podem engravidar. Há riscos no tratamento e o casal deve estar bem informado a respeito deles. A avaliação médica precisa ser muito criteriosa".

O bebê desta mulher não tem o seu material genético, só o do pai e da doadora do óvulo. Mas na escolha, conta Valle, foram levados em conta características físicas, etnia e tipo sanguíneo da gestante. E, por enquanto, ela não tem contraindicação para parto normal.

Estudos indicam que bebês nascidos de mulheres mais velhas têm maior risco de síndrome de Down e outras doenças raras. As próprias mães podem desenvolver diabetes gestacional, hipertensão arterial e complicações no parto.

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