O Brasil estreou nos Jogos Olímpicos, em 1920, na edição realizada em Antuérpia com uma delegação composta por 29 atletas, todos homens. A viagem até o continente europeu foi longa e desconfortável. Os atletas foram até Portugal de barco e de lá tomaram um trem às pressas com destino a Bélgica e por pouco não perderam a cerimônia de abertura dos Jogos.
A jornada durou mais de um mês, mas o cansaço não foi motivo de desânimo. Logo de início, a delegação brasileira se destacou na prova individual de tiro rápido 25m com Guilherme Paraense, tenente do exército, faturando a primeira medalha de ouro para o país. Vale ressaltar que a arma e a munição utilizada pelo tenente foi emprestada pela delegação norte-americana, já que o equipamento brasileiro tinha sido furtado durante a viagem. No mesmo ano, a delegação brasileira trouxe para casa mais duas medalhas nas provas de tiro - uma de prata, outra de bronze.
Nos anos seguintes, o Brasil não teve um bom desempenho olímpico. Em 1924, nos Jogos de Paris, apenas nove atletas representaram o país, sendo que nenhum subiu no pódio. Quatro anos depois, o Brasil ficou de fora dos Jogos de Amsterdã devido a falta de recursos financeiros. Em 1932, o Brasil ainda sentia os reflexos da instabilidade econômica e a única solução encontrada foi transportar os atletas a bordo de um navio da marinha abarrotado de sacas de café que deveriam ser vendidas em todos os pontos de parada durante o caminho.
No mesmo ano, o atleta brasileiro Adalberto Cardoso emocionou a platéia que assistia as provas de atletismo com sua história de determinação e coragem. Adalberto desembarcou em São Francisco e foi a pé até Los Angeles, onde competiria na prova dos 10.000 metros rasos. Adalberto demorou um dia para completar o caminho, chegando no estádio quando faltava apenas dez minutos para iniciar sua prova. Mesmo não tendo uma boa colocação na competição, o atleta foi muito aplaudido em resposta ao seu espírito competitivo.
O Brasil só voltou a faturar uma medalha olímpica nos Jogos de Londres, em 1948. O time masculino de basquete surpreendeu ao vencer sete partidas consecutivas, perdendo apenas nas semifinais para a França. A equipe ficou com o terceiro lugar e em 1960 e 1964 também levou mais duas medalhas de bronze.
Mas o grande destaque brasileiro foi o atleta Adhemar Ferreira da Silva, bi-campeão no salto triplo. Adhemar ainda quebrou quatro vezes o recorde olímpico e é o único atleta brasileiro que conquistou duas medalhas de ouro. Já as primeiras mulheres a faturarem ouro olímpico foram Jacqueline e Sandra, do vôlei de praia. As duas derrotaram as colegas Adriana Behar e Mônica na final de Atlanta, em 1996.
Na última edição olímpica, em Sidney, a delegação brasileira trouxe na bagagem seis medalhas de prata e seis bronze. Os destaques foram: natação masculina no revezamento 4x100 m rasos, atletismo; judô com Carlos Honorato, na categoria médio e Tiago Camilo, na categoria leves; Robert Scheidt, na classe Laser e na Vela; as duplas Zé Marco e Ricardo e Adriana Behar e Shelda, no Vôlei de praia) e seis de bronze (equipe feminina de Basquete; equipe masculina na prova de saltos por equipes, no Hipismo; equipe masculina, no revezamento 4x100 m livre, na Natação; Torben Grael e Marcelo Ferreira, na classe Star, na Vela; equipe feminina de Vôlei; Adriana Samuel e Sandra Pires, no Vôlei de praia)
O Brasil nos Jogos Olímpicos
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